sexta-feira, 18 de julho de 2008

sábado, 12 de julho de 2008

Mais indignação

Hoje foi aqui na minha zona, que foi visitada por este pessoal, que andou por aí a protestar contra os "testes experimentais de milho transgénico" que estão a ser levados a cabo numa herdade em Monforte.

Não consigo simpatizar com este tipo de grupos ambientalistas. E não é só por grande parte dos seus membros me lembrar o casal de Rastas adoradores de incenso e com mau aspecto que recentemente ocuparam a minha residência.

Em 1º lugar, têm uma atitude perante a Ciência que faz lembrar a Igreja Medieval. Os estudos sobre possíveis riscos transgénicos são inconclusivos? Queime-se tudo quanto seja transgénico! Podem servir para a produção de biocombustível aliviando o preço dos alimentos? Isso não interessa nada, queime-se!!

Em 2º lugar, vivem num mundo de almoços grátis. Acham que é possível existir desenvolvimento técnico e cientifico sem sacrifícios. Acham mal que se usem animais em experiências. Também não acho bem, mas qual é a alternativa? Usar humanos? Não obrigado.

Em 3º lugar, são de uma incoêrencia extraordinária. Todos muito preocupados com o fenómeno da desertificação e da escassez de água mas incapazes de suportar uma barragem. Veja-se o caso de Foz Côa: vários movimentos queriam que se fizesse a barragem noutro sitio e quando finalmente surge outra alternativa, no Sabor, também já não querem. Faça-se noutro sitio. Há por aí muito rio por onde escolher...

Em 4º lugar, são uns anjinhos. Mudam de cor se alguém fala na hipótese da energia nuclear, porque é um risco enorme. Têm razão, é de facto um grande risco, basta ver o caso de Chernobyl. No entanto, em Portugal já temos isso risco uma vez que em Espanha já existem centrais nucleares. Assim Espanha tem o risco e o beneficio e Portugal tem apenas o risco e assim continuará porque infelizmente o politicamente correcto dita que termos centrais nucleares é errado.

Já agora, mais alguém reparou que não há nada que possa trazer vantagens que não seja contestado por grupos ambientalistas ?

sexta-feira, 11 de julho de 2008

As Colectâneas

O preço de um manual universitário, como os que deveríamos ler todos os dias, é a soma de quatro factores:

- Imposto (IVA)
- Custo dos factores de produção (tinta, papel, empregados etc.)
- Margem de Lucro das Editoras
- Margem de Lucro dos Autores

Também o preço das colectâneas de legislação é a soma destes quatro factores, mas com uma particularidade: a margem de lucro dos autores é, ou deveria ser, consideravelmente mais baixa que num manual universitário, uma vez que os níveis de esforço e de trabalho necessários para redigir uma colectânea são também bastante mais baixos que os que a escrita de um livro exige.

Deveria ser mas não é. Veja-se o exemplo de Direito Internacional Público onde um manual da cadeira (do Professor Jorge Miranda) custa 19,90 € e uma colectânea (do Professor Bacelar Gouveia) custa 23,10 €. Ou o exemplo de Direito Administrativo onde as colectâneas custam à volta dos 50 €. Ou de Direito da Economia onde também há a um preço semelhante.

É que pode ser só impressão minha, mas parece-me que o autor de uma colectânea não tem propriamente grande trabalho uma vez que a tarefa se resume a consultar os programas das Faculdades, ver quais as leis ou tratados mais abordados, de seguida ir ao site da Assembleia da República ou ao Portal da União Europeia e fazer copy paste, escrever um índice, um prefácio e pronto, está uma Colectânea pronta a ser entregue à editora.

Compreendo que se queira tirar o máximo de lucro do mínimo de esforço e estou convencido que se este tipo de publicação não é vendida a preços mais baixos é porque há gente suficiente disposta a pagar estas quantias exorbitantes.

Agora ver pessoal que apesar de se queixar do aumento das propinas não hesita em pagar 50 euros por algo que na Internet é gratuito já é coisa que me ultrapassa...




quarta-feira, 9 de julho de 2008

A propósito de uma certa reportagem


É perfeitamente normal que quando alguém publicita o seu negócio, a sua área de actividade ou até mesmo a si próprio tenda a enaltecer as virtudes e a menosprezar os defeitos. É assim que o mundo funciona.

Foi neste espírito que li a reportagem sobre a FDL e por isso não fiquei revoltado, como muito pessoal ficou, com o texto do Professor Vera Cruz, através do qual este se limita a cumprir um dos seus deveres enquanto Presidente do Conselho Directivo: tentar atrair estudantes para a Faculdade.

Ao ler esse texto fica-se com a impressão global de que a nossa FDL é um recanto idilico, o que obviamente não corresponde totalmente à realidade, mas se formos ver os sites das outras Faculdades de Direito ou de qualquer outra instituição de Ensino Superior (Público ou Privado) ficamos com a ideia de que não há um único destes espaços que não seja um pedaço de Paraiso. Alguém acreditará que isto seja um cenário real?

Eu não alinho no discurso à desgraçadinho do "Eh pah cabrões dos Manda-Chuvas das Faculdades querem é enganar o pessoal novo". Eles, os responsáveis pelas Faculdades, estão apenas a cumprir um dos seus deveres, caberá a cada pré universitário cumprir um dos seus, que é ser consciente e ter espirito critico na hora da escolha da Instituição.

No fundo este tipo de reportagem, ou publicidade, deve ser encarado do mesmo modo que a programação do late night no Eurosport: um chorrilho de afirmações duvidosas, que se tiver a meter alguma piada deixa-se estar, se não estiver muda-se de canal.

E alguém se revolta contra alguma máquina de aeróbica ou contra algum faqueiro?

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Insólitos FDL take 3457585

Considere o seguinte problema derivado da questão.

FDS é um aluno da turma A, cujo trono da regencia pertence ao Prof. Rebelo de Sousa, e foi hoje fazer exame de recurso de Dto. Administrativo I.

FDS senta-se, na 2ª fila do anfiteatro, porque é marrãozito e não tem cábulas (ou então é um cara podre), e recebe um enunciado que dizia Dto. Administrativo II.

FDS pensa: "que caralho, mas eu já fiz esta merda de Admin 2, para que é que vou voltar a fazer???"

Doutor ao fundo do auditório exclama: "Oh Claudio, este exame tá trocado, o David trocou os enunciados". Doutor ao fundo do auditório sai do supracitado auditório para ir pedir contas ao supracitado David, e fica o supracitado Claudio sem saber o que fazer no supracitado auditório.

FDS olha para o tecto e arquitecta um plano para dominar o mundo, mas é interrompido pelo doutor, com novos enunciados.

A troca acontece rapidamente.

FDS olha para o seu novo enunciado e lê: Turma Noite, Prof. Sérvulo Correia. Levanta-se, dirige-se ao estranho doutor e exclama "também nao é este, este é da turma de noite, nós somos da A, do Prof. Marcelo".

Resposta do Doutor: "Pois, mas vão ter que fazer esse exame, porque trocaram os exames e agora vão ter que fazer esse".

E FDS, sem outro remédio, teve que fazer o exame de outra turma, de outro regente.

Se você fosse jurista, que aconselharia a FDS?







Às vezes penso: e se eu me dedicasse à vinicultura, quem me apoiaria?