segunda-feira, 29 de junho de 2009

Mais uma da FDL na imprensa...

Um/a anónimo/a puxou o assunto no post anterior e eu fiquei um bocado à nora porque não sabia do que se tratava, mas agora, já mais informado queria partilhar com o mui prezado auditório esta noticia (viva a rits!):

Faculdade vai realizar prova extra de Direitos Fundamentais, em Julho, na sequência das queixas de 25 alunos de uma turma com 50% de negativas no último teste. Queixa pedagógica contra professor está a ser analisada.

Não conhecendo nem o exame, nem a cadeira nem os motivos que levam à queixa, nem o professor em causa não há muito que possa dizer sobre esta situação. Digo apenas que quase 50 % de negativas num exame não é assim tão raro quanto isso, basta ver o nivel de mortandade que se verificou o ano passado nos exames de TGDC de 1º ano. Poderia também referir o primeiro teste de Economia Politica do meu 1º ano em que no conjunto de duas turmas (que partilhavam a assistente porque não havia $ para contratar mais, enfim o tipo de coisa que não chega a noticia) houve uma positiva.

Bom, mas isto continua:

Em declarações ao DN, ainda antes de ser conhecida esta decisão, uma das alunas queixosas acusou o professor de ter "discriminado uma parte da turma ao longo do ano" e de, no exame, ter "considerado irrelevantes as opiniões doutrinárias diferentes da sua" citadas pelos alunos.

A velha história de "a opinião do Professor mesmo que seja completamente estapafúrdia e mirabolante é mais valorizada porque ele é o Professor e ele quer que haja muita gente a conhece-la porque assim pode ser que a coisa pegue". Em frente:

Jorge Miranda - que abdicou recentemente da candidatura à Provedoria de Justiça - é aliás, segundo apurou o DN, o responsável pela revisão dos testes contestados pelos alunos, que ainda decorre, e deverá também corrigir os exames a realizar em Julho.


Bem, se é o Professor Jorge Miranda a corrigir, não há problema nenhum, está tudo resolvido...

O DN não conseguiu falar com Eduardo Correia Baptista. Mas o presidente da Faculdade de Direito, Eduardo Vera Cruz, garantiu que a situação está "resolvida".

O jurista não quis fazer qualquer apreciação sobre as queixas em causa e as averiguações em curso, invocando a "soberania" do professor na condução das suas aulas e classificações e a existência de "órgãos próprios", para analisar estes casos: "Somos a única faculdade que tem alunos na sua direcção", lembrou a propósito.

Vera Cruz defendeu, no entanto, que estes recursos, com ou sem legitimidade, são "frequentes no quotidiano de uma faculdade" e que "existem mecanismos capazes de responder a todas as questões de forma satisfatória".

Será? Será que os recursos, apesar de frequentes, sao capazes de responder a todas as questões de forma satisfatória? Duvido...

Os problemas com os recursos são mais que muitos. Se por um lado os Regentes, que são os responsáveis pela correcção dos exames, muitas vezes nem olham para eles limitando-se a carimbá-los com fórmulas genéricas (o Regulamento fala em fundamentação?), por outro lado muitos alunos não fazem deles um uso correcto. Quantos recursos não foram pedidos com fundamentações à "porque sim"?

E depois ainda temos a história dos prazos (se não são cumpridos relativamente a exames, porque é que haveriam de ser cumpridos relativamente a recursos?), das grelhas de correcção (as tais em que é suposto fundamentar o recurso e que muitas vezes não existem)e a questão dos preços.

Nos anos anteriores o dinheiro do recurso era devolvido, caso a nota subisse. Faz sentido: se houve um erro por parte de quem presta os serviços, não deve ser o cliente, leia-se aluno a pagar por ele. No entanto parece que agora o dinheiro já não é devolvido, ou seja, mesmo havendo erros da parte de quem corrige, tem que ser o aluno a pagar por eles. É por estas e por outras que eu nunca pedi um recurso nem tenciono vir a pedir.

Até agora esta época de exames não está a correr nada bem. Estou curioso para ver como corre uma época de recurso de apenas 2 semanas.

Legenda:
Aluno da FDL no átrio de entrada à espera que o Gajo da Secretaria traga os resultados dos exames.

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